Saturday, June 30, 2007

Juiz emite reintegração de área ocupada e aumenta número de militares na área

Juiz emite reintegração de área ocupada e aumenta número de militares na área
29/06/2007

O juiz da 20ª Vara Federal, Georgios Augustini Príncipe Tedidio, concedeu no final da manhã de hoje, dia 29, a ordem de reintegração de posse da área ocupada por mais de 2000 trabalhadores, em Cabrobó (PE). Nas imediações do acampamento aumentou a presença de policiais militares, do Batalhão de Choque, e de soldados do Exército. Os acampados esperam a notificação oficial para tomar qualquer decisão.

Segundo os coordenadores do acampamento atos de violência só acontecerão se partir dos soldados e militares, os manifestantes têm a orientação de manter a ação pacífica. Todavia, a movimentação tem assustado a população do entorno e os acampados. A área ocupada é o local de tomada de água do canal norte do projeto de transposição, do governo federal.

Os manifestantes e o povo indígena Truká, que faz a retomada do território, não pretendem sair do local. Pela manhã foi dado início a construção de casas de barros, mais pessoas continuam a chegar ao acampamento e uma celebração comemorativa ao dia de São Pedro, considerado o protetor dos pescadores, marcou o início das atividades e a assembléia geral que debate a continuidade da ocupação.

Truká

Uma ação foi impetrada ontem, dia 28, no Ministério Público Federal, escritório de Serra Talhada (PE), para que o direito dos povos indígenas seja garantido. O documento pede que seja agilizada a demarcação do território dos índios Truká, a suspensão imediata das obras da transposição e a retirada do Exército.

O líder da tribo, Francisco Truká, explicou que os índios não abandonarão mais a área onde estão sendo iniciadas as obras da transposição, por considerar que são terras da aldeia. "Daqui não sairemos e, se o governo quiser continuar a transposição, terá que buscar outro lugar para trabalhar", declarou Francisco.

O processo de demarcação do território pela Funai começou há mais de dez anos. A área hoje ocupada em Cabrobó (PE), fazenda Toco Preto, por mais de 1500 manifestantes desde a madrugada do dia 26, só seria integrada ao território quando fosse concluída a primeira etapa do processo. Há dois anos foi feito o pedido de revisão dos limites da área, processo que também não teve continuidade.

Segundo o estudo de impacto ambiental, na área de construção dos canais norte e leste do projeto de transposição, seriam atingidos diretamente os povos Tuxá, Truká, Pipipã, Tumbalalá, Kambiwá, a aldeia de Caraíba, além de 34 territórios indígenas e outras 153 comunidades. Nenhum desses povos e comunidades foram ouvidos pelo governo sobre o projeto de transposição.

Transposição

O projeto de transposição do governo federal está orçado em R$ 6,6 bilhões no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Pretende construir dois canais, norte e leste, para verter águas do São Francisco, a partir dos municípios pernambucanos de Petrolândia e Cabrobó, em direção ao que está sendo chamado de Nordeste Setentrional. As águas previstas para verter nos dois canais servirão em 70% para irrigação e atividades como a criação de camarão, 26% para uso industrial e apenas 4% para o povo que vive em zonas rurais e urbanas.

Wednesday, April 04, 2007

Racismo na UnB vai ser discutido no Congresso

O atentado a estudantes africanos da Universidade de Brasília (UnB),
ocorrido na madrugada desta quarta-feira, entrou na pauta do Congresso
Nacional. Em reunião a portas fechadas, realizada nesta quinta-feira na
reitoria da universidade, a deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), que compõe
Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, disse que o episódio será
discutido em audiência pública na próxima terça-feira, no Senado.
Emocionada, a parlamentar lembrou outros casos de racismo que marcam a
história de Brasília e exigiu uma investigação severa da Polícia Federal.

"Não podemos deixar que um fato desta proporção passe despercebido pelo
Poder Legislativo. Está mais do que claro que o episódio mostra a existência
de racismo nas universidades. Temos por obrigação e dever combater esse tipo
de discriminação", esbravejou a parlamentar em meio a lágrimas.

Em nota oficial, a reitoria da UnB anunciou que o dia 28 de março (data do
incidente) será dedicado à luta pela igualdade racial na universidade. Além
disso, a UnB pretende implantar um disque-denúncia contra qualquer forma de
preconceito e tornar obrigatória uma disciplina sobre história da África. O
objetivo será conscientizar os estudantes e evitar que novos casos de
racismo voltem a acontecer no campus.

A reunião também contou com a presença do senador Paulo Paim (PT-RS), que
disse ter recebido há uma semana denúncia de um advogado. Segundo o
parlamentar, um embaixador africano, que preferiu não dar o nome, foi vítima
de racismo. O diplomata teria ido a uma festa em um hotel de luxo de
Brasília. Na saída do evento, teria sido convidado a sair pela porta dos
fundos. A razão teria sido a presença minoritária de um negro em meio a
brancos. "O racismo está presente por todo o País. Entre universitários e
até mesmo entre diplomatas", diz. "Não podemos mais julgar essas ações como
casos isolados", conclui.

Monday, March 26, 2007

ENERGIA ELÉTRICA NÃO É UMA QUESTÃO DE 110 OU 220 VOLTS...

ENERGIA E ÁGUA SÃO RIQUEZAS DA HUMANIDADE

A questão da falta de energia é o que mais se discute em todo o Brasil. Há o pavor da falta de energia e o aumento do preço, o que já está ocorrendo. O Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB, há muitos anos, vem alertando a sociedade da forma irresponsável que o governo vem conduzindo o Setor elétrico, deixando de pesquisar, planejar e investir na produção de energia. Além disto, entregou a iniciativa privada este setor vital para o desenvolvimento do país. A crise tem responsáveis:
a) O modelo atual de produção de energia baseado somente na produção hidrelétrica e no modelo exportador de energia;

b) O governo federal deve ser responsabilizado por aplicar este modelo e pela política de entreguismo dos bens públicos e estratégicos para o desenvolvimento do Brasil;

c) As grandes empresas que objetivam somente alcançar altos lucros com a construção de grandes barragens e após a conclusão das mesmas novamente se beneficiam, consumindo grande parte desta energia com preços subsidiados pelo mesmo governo federal.


1. REALIDADE DO SETOR ELÉTRICO BRASILEIRO

Nós temos um potencial energético bastante rico em rios, sol, vento, biomassa, etc... Apesar deste potencial o governo opta por produzir energia através de grandes barragens, sendo que as mesmas destroem o meio ambiente e expulsam grandes contigentes de populações, contribuindo com o êxodo rural.
No Brasil 92% da energia vem de fonte hídrica. Temos um potencial hidrelétrico instalado de 61.000 MW. A crise de energia hoje é pela falta de investimento que faz o sistema tornar-se vulnerável e inseguro.
1.2. COMO É CONSUMIDA A ENERGIA
A indústria no Brasil consome 48,4% da energia, o setor residencial é responsável por apenas 25,3% do consumo e o restante é distribuído entre comércio e serviços (13,5%), meio rural (3,8%), serviços públicos (8,7%). Para provar que o alto consumo de energia não significa desenvolvimento, veja um exemplo:


1.000 MWh consumidos na indústria de alimentos e bebidas geram 70,2 empregos diretos e 1.000 MWh consumidos na indústria de alumínio geram 2,7 empregos.


Estas empresas eletrointensiva (gastam muita energia, geram poucos empregos, poluem muito e tem subsídio no preço da energia) estão proibidas por ex. de se instalarem no Japão, entre outros países. Tudo que produzem vão para estes países, podemos dizer que são empresas exportadoras de energia em forma de produtos.
Por incrível que pareça, toda a propaganda faz referência ao consumidor residencial, dizendo que este é responsável pela falta de energia, portanto, deve economizar e pagar contas mais altas. Temos mais de 20 milhões de brasileiros sem energia. Somente 33% da população do meio rural tem energia elétrica em casa.

2. TARIFAS

As tarifas no Brasil, são diferenciadas entre os consumidores residenciais e indústria. Para as grandes indústrias tem subsídios por parte do governo Federal. Dados de 2001 mostram que o setor residencial está pagando R$ 171,00 o MWh e o setor industrial R$ 74 o MWh. No caso da companhia japonesa ALBRÁS, instalada no Pará, e que consome energia produzida pela UHE Tucuruí, paga só R$ 20,00 por MWh.

A partir de 2003, a energia no Brasil terá seu preço definido pela lei de oferta e procura, onde as empresas podem cobrar o que elas quiserem. (Folha SP)
Será que vamos ter condições de pagar essas tarifas no final do mês?

3. PROPOSTAS

Apresentamos algumas alternativas de produção de energia que se aplicadas dentro do atual modelo poderia acabar com a crise em curto espaço de tempo e com baixo custo.

3.1.REDUÇÃO DAS PERDAS NO SISTEMA ELÉTRICO BRASILEIRO

O sistema elétrico brasileiro apresenta perdas técnicas da ordem de 15%. Se o Brasil adotar um índice de perdas de 6%, considerado como padrão internacional, poderíamos ter mais 6.500 MW de potência disponível na rede.

3.2.REPOTENCIAÇÃO DE USINAS COM MAIS DE 20 ANOS

Estima-se que o setor elétrico brasileiro pode alcançar um acréscimo de potência de até 7.600 MW, resultantes da reabilitação, repotenciação ou modernização nas usinas hidrelétricas com mais de 20 anos.

3.3.PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS

A resolução n.º 394 da Aneel define como PCH–Pequena central hidrelétrica, as centrais com potência instalada total de até 30.000 KW (ou 30 MW) e área máxima de reservatório de 3 km2.
Conforme dados da ELETROBRÁS (2000), existe no Brasil um potencial de 9.800 MW que podem ser obtidos com a construção de 942 PCHs. Os impactos sociais e ambientais são pequenos.

3.4. ENERGIA EÓLICA

A energia eólica já se mostrou competitiva como pôr exemplo no estado do Ceará. Somente no nordeste brasileiro temos um potencial de 30.000 MW. Ainda há potencial no Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Portanto, podemos aumentar em 26.900 MW o potencial instalado, ou seja, aumentar 40% a capacidade instalada sem construir nenhuma grande barragem. Sem citar o enorme potencial que temos na área de energia solar (sol), eólica (vento), viáveis em todo o país.

Apesar dessas alternativas à crise salientamos que uma política séria de produção de energia passa por termos um governo popular, não submisso ao FMI e as grandes empresas multinacionais, e que execute uma política onde a água e a energia estejam sob controle e a serviço do povo brasileiro.

4. UMA POLÍTICA ENERGÉTICA PARA UM PROJETO POPULAR PARA O BRASIL

Seria possível planejar o nosso desenvolvimento energético de maneira diferente? Seria possível produzir e distribuir de maneira diferente a eletricidade que hoje é tão abundante e barata para uns e tão escassa e cara para outros? Sim, é possível.

Precisamos construir um novo modelo energético para o Brasil, com as seguintes considerações:

A) Que contemple a participação da população no seu planejamento, decisão e execução;

B) Deve haver o consentimento prévio das populações, decidido coletivamente, que priorize as questões sociais e ambientais, antes da implantação da barragem, considerando sempre a bacia hidrográfica;

C) Que corrija as distorções existentes no setor elétrico, acabando com o desperdício na transmissão, distribuição e consumo de energia, bem como o fim dos subsídios aos grandes consumidores;

D) Que contemple um programa sério de conservação de energia;

E) Que privilegie a pesquisa, o desenvolvimento e a implementação de fontes alternativas energéticas, como por exemplo: energia solar, eólica, pequenas barragens em locais adequados com critérios estabelecidos, etc...

F) Que as empresas de outros países que queiram construir barragens no Brasil devem respeitar a legislação brasileira e do seu país de origem;

G) Que 20% do capital internacional destinado para a construção de barragens seja destinado para investir em fontes alternativas de energia e pesquisa;

H) Que o controle do setor elétrico seja estatal, sob controle social, e que sejam retomadas as empresas que foram privadas, cobrando indenização das multinacionais pelos prejuízos e transtornos causados;

I) Que a água e a produção de energia que são bens estratégicos ao Estado, devam estar sob controle e a serviço do povo brasileiro

Ibama autoriza início da transposição do São Francisco

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autorizou o início das obras de transposição de águas do São Francisco. A informação sobre a emissão da licença de instalação para a obra foi divulgada hoje, 23, pela assessoria de comunicação do instituto.

Na semana passada, ao mesmo tempo em que o governo lançava o edital de R$ 3,3 bilhões para a licitação das obras - ainda sem contar com a licença do Ibama - centenas de integrantes de movimentos sociais foram a Brasília protestar contra o projeto, dialogar com representantes dos três Poderes e propor alternativas à obra e para o desenvolvimento do Semi-Árido.

Somando-se às vozes dos movimentos, diversos especialistas vêm apontando outras propostas para democratizar o acesso à água na região, muitas delas baseadas no "Atlas Nordeste" produzido pela Agência Nacional de Águas, e que apresenta investimentos que deveriam ser priorizados nesse sentido.

Por fim, a Procuradoria da República no Distrito Federal recomendou nesta quinta, dia 22, ao Ibama que não concedesse o licenciamento antes de o detalhamento do projeto ser realizado e sem novas audiências públicas sobre os estudos complementares exigidos após a emissão da licença prévia ao projeto.

O governo Lula, contudo, optou por não considerar todas essas questões e colocará o Exército para realizar as obras iniciais, enquanto as empreiteiras que lucrarão centenas de milhões de reais com o projeto ainda não tiverem sido selecionadas. Contando agora com o aval do Ibama, o governo federal pretende fazer sua grande obra para a região Nordeste, alegando motivos humanitários e de combate à seca. Lula sabe não se tratar disso. Os grandes empreendimentos industriais, de fruticultura, criação de camarão e as siderúrgicas projetados ou instalados na região também.

Wednesday, March 07, 2007

08 de março, dia internacional da mulher e as mulheres vão às ruas......


Mulheres Camponesas na Luta por Soberania Alimentar, contra o Agronegócio
06/03/2007

Por Elaine Tavares

Todo o ano é assim. Chega o 8 de Março e se multiplicam as manifestações pelo Dia Internacional da Mulher. No campo dos movimentos sociais sempre são atos de luta ou protesto. É que não há coisas a comemorar. O que se faz, então, é refletir sobre a realidade feminina, sempre tão relegada num mundo dominado pela lógica patriarcal (espaço do macho provedor). Um segmento que não foge a esse compromisso é o das mulheres camponesas. Elas sempre fizeram suas lutas específicas, como agricultoras e como mulheres, mas nunca deixaram que o particularismo do gênero ou da categoria apagasse a luta maior, que é a da classe trabalhadora e da comunidade das vítimas do sistema-mundo consubstanciado no modo de produção capitalista. Por isso, todo 8 de Março elas botam a cara na rua, a dizer ao mundo: existimos, estamos em luta e queremos nosso espaço de liberdade.

Em Santa Catarina mais de 500 mulheres camponesas entrarão na capital com suas mochilas, sacos de dormir e sementes. Elas virão para um encontro único, com mulheres trabalhadoras de vários bairros da periferia de Florianópolis. Vão fazer debates, conversas e atos públicos. Chegam no dia sete e parte no dia nove. Elas ainda nem sabem, mas também levarão sementes. Sementes das lutas cotidianas das mulheres da cidade que não plantam a comida de todos, mas que, com suas mãos, guerreiras e ágeis, abrem caminhos para esse novo amanhã tão sonhado. As mulheres do campo entrarão na cidade... E as mulheres urbanas estarão esperando, braços abertos. Depois, talvez, nada mais seja como antes!

trabalhadoras rurais realizam ato e ocupam Seagri

Em Alagoas, trabalhadoras rurais realizam ato e ocupam Seagri
07/03/2007

Mais de 2.000 mulheres da Via Campesina (MST, CPT, MMC, MPA, PJR e FEAB), junto com os movimentos sociais do campo, MLST e MTL, realizaram pela manhã de hoje, dia 7, um ato contra o agronegócio e a transposição do Rio São Francisco. O ato faz parte das mobilizações da semana da mulher, que esse ano tem o lema Mulheres Camponesas na Luta pela Soberania Alimentar e Contra o Agronegócio.

Depois do ato, as mulheres ocuparam a Secretaria de Agricultura de Alagoas (Seagri) para denunciar a criminalização no campo e exigir uma posição política do Estado em relação às antigas reivindicações da agricultura familiar. As famílias Sem Terra lembraram que a ocupação também é um ato solidário à luta das servidoras da educação.

Wednesday, February 28, 2007

Galera o RU vai aumentar e vc, vai deixar?


Mais uma vez nos deparamos com a falta de vergonha da Real Food tentando almentar o preço daquela comida horrível que eles servem nos RUS da UFG, isso é um absurdo.
Se não manifestarmos nossa indignação e dizermos bem alto o nosso não o novo preço do RU será r$ 3,00. O RU que um dia já foi grátis e ajudou tanta gente de baixa renda se formar com dignidade hoje está aí com esse preço alto.

Monday, February 26, 2007

VOCÊ SABE PARA ONDE VAI O DINHEIRO DA SUA MATRÍCULA?

Aí galera eu gostaria de compartilhar com vocês e todos os leitores do blog a atual situação das casas de estudantes I III e IV que por sinal são mantidas com o dinheiro arrecadado com a matrícula que vocês pagam todo semestre.
Atualmente nas CEU'S temos uma porcentagem que não vai agradar a todos não;
ao todo somam nas casas: 62% dos moradores são de FACULDADES PARTICULARES tais como a CATÓLICA, PADRÃO, UNIP e todas as demais empresas universidades que vocês conseguirem imaginar e tudo isso mantido(água, energia e manutenção das casas) com o dinheiro que sai as vezes sem poder do seu bolso.
Nós os 38% que somos da UFG as vezes nos sentimos massacrados e indignados com isso, ou seja saber que meus colegas de faculdade pagam uma taxa injusta de matrícula para poder livra faculdades como a CATÓLICA de seus compromissos com a assistência estudantil com seus alunos.
Hoje dia 26/02/2007 houve na Procom um manifesto dos alunos das faculdades particulares pedindo para retirar do edital de processo seletico das casas a cláusula que dava a prioridade das vagas à demanda de alunos matriculados nos cursos da UFG, ou seja, além de nós sustentar com nosso pouco e suado dinheiro 62% de alunos de faculdades que não colaboram com nada nós ainda temos que ficar calado enquanto eles protestam pedindo pra entrar mais gente ainda.
Para universidades como a CATÓLICA é muito bom isso acontecer pois o que interessa a ela que é as MENSALIDADES estão sendo bem pagas o resto que se danem.
ENTÃO FICA AS SEGUINTES PERGUNTAS PARA VOCÊS REFLETIREM:

VOCÊ SABE PARA ONDE VAI O DINHEIRO DA SUA MATRÍCULA?
VOCÊ SE PREOCUPA COM O QUE É FEITO COM O DINHEIRO DA SUA MATRÍCULA?
VOCÊ JÁ PAROU PARA PENSAR QUANTAS COISAS DARIA PARA FAZER COM ESSE DINHEIRO QUE É GASTO COM 62% DE ALUNOS QUE NÃO SÃO DA UFG?

POIS É ENTÃO PROCURE NA REITORIA, FALE COM O REITOR COM O DAA E DEMAIS NÚCLEOS RESPONSÁVEIS E NOS AJUDE NESSA LUTA POIS ELA TAMBÉM É SUA....

PARA MAIS INFORMAÇÕES MANDE E-MAIL PARA: tertuneporto@yahoo.com.br

Friday, February 23, 2007

O povo quer saber sobre a transposição do são francisco!!!!!!

Frei Cáppio cobra de Lula diálogo público sobre transposição
23/02/2007
Jonas Valente
Agência Carta Maior

Pouco mais de um ano depois de ter feito greve de fome contra a transposição do rio São Francisco, o bispo da diocese de Barra (BA), Dom Luís Cáppio - que, à época (outubro de 2005), foi dissuadido do protesto pelo governo com a promessa de aprofundamento do diálogo com a sociedade civil -, voltou ao Palácio do Planalto ontem, dia 22, para entregar uma carta ao presidente Lula, cobrando o cumprimento do acordo. O ato inaugurou uma jornada de mobilizações de diversas organizações, como pastorais sociais da igreja Católica, ONGs e associações de comunidades que vivem na região do Semi-Árido brasileiro, para pressionar o governo a não iniciar as obras de transposição sem um debate com a população da região. A movimentação das entidades é uma resposta à anunciada retomada do projeto, que foi incluído como prioridade do Programa de Aceleração do Crescimento nas iniciativas referentes à infra-estrutura hídrica. O PAC prevê R$ 6,6 bilhões de reais para a transposição entre 2007 e 2010, de um total de R$ 12,6 bilhões a serem investidos nesta área. Para 2007, o programa prevê R$ 837 milhões para a transposição. Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta, D. Luís Cáppio e outras organizações que vêm lutando pela revitalização do São Francisco questionaram a medida, lembrando o compromisso assumido pelo presidente Lula quanto a realização de estuds de alternativas que pudessem substituir a transposição.Em um seminário realizado em julho de 2006, técnicos de universidades e das organizações debateram durante três dias com as mais diversas áreas do governo e criaram para a continuidade dos trabalhos três câmaras mistas com o objetivo de aprofundar proposições para a revitalização do Rio São Francisco. Seria dentro de uma destas câmaras que a transposição seria debatida. “De lá para cá, o governo fechou possibilidade de diálogo e fomos surpreendidos com a inclusão do projeto da transposição no PAC”, explicou Luís Cláudio Mandela, da Cáritas. Segundo D. Luís Cáppio, o presidente Lula teria solicitado a apresentação de alternativas ao projeto da transposição, o que já vinha sendo feito e foi reforçado na carta entregue hoje. “Na nossa conversa com Lula, ele nos pediu que apresentássemos alternativas viáveis e na carta apresentamos uma série delas, inclusive iniciativas do próprio governo para um projeto alternativo”, declarou o bispo. Entre as alternativas, Cappio citou um conjunto de 530 projetos elaborados pela Agência Nacional de Águas (ANA), que atenderia as necessidades das populações residentes na região do Semi-Árido e teria custo geral muito menor - cerca de R$ 3,6 bilhões, quase metade dos R$ 6,6 bilhões previstos no PAC. Estas medidas compõem uma proposta abrangente de revitalização, que desde o início do debate sobre o tema rivaliza com iniciativa da transposição. Na coletiva, D. Luís Cáppio e os demais representantes de entidades lembraram as críticas ao projeto. A principal diz respeito aos destinatários da água que será disponibilizada. Rubens Siqueira, da Comissão Pastoral da Terra, avalia que os recursos hídricos desviados no projeto servirão a grandes ramos produtivos como o agronegócio, a siderurgia e a carcinicultura (criação de camarões), e não à população que hoje passa sede no Semi-Árido. Luís Cláudio Mandela cita o caso de soluções semelhantes já realizadas na parte baiana do São Francisco, que não só não resolveu o problema da população como gerou mais pobreza.Além de não atender aos 12 milhões de pessoas que realmente precisam de água, continua Mandela, o projeto vai onerar as pessoas que hoje já têm acesso à água. “A população de Fortaleza, dos grandes centros, que hoje estão sendo beneficiadas com acesso à água, vai dividir o custo da água com o agronegócio na sua conta de água com a perspectiva da integração das bacias”, explica. Um dos receios das organizações é que o custo do metro cúbico de água acabe sendo muito alto, o que pode inviabilizar o acesso a este recurso por parte da população mais pobre. Estudos da Unicamp, segundo os presentes na coletiva, já teriam atentado para este risco.Nesta disputa de concepções, a interlocução direta com o presidente Lula teve intenção clara de enfraquecer o Ministério da Integração, principal adversário e defensor do atual projeto. “O Ministério da Integração sempre andou na contramão do governo. Confunde a opinião pública e quer enfiar goela abaixo o projeto, mesmo sem a sociedade querê-lo”, afirmou o D. Luís Cáppio. A referência ao atropelo da pasta se deveu ao fato do seu titular, Pedro Britto, já ter retomado o projeto ao transferir recursos para o batalhão do Exército iniciar obras e ter aberto licitação para detalhamento do projeto. O intuito de Britto é deixar a máquina em ponto para quando o último embargo, o licenciamento de instalação que deve ser dado pelo IBAMA, ser superado. O presidente do órgão ambiental declarou que ainda em fevereiro o parecer estaria pronto.Ao final da coletiva, D. Luís Cáppio deixou um recado ao governo. “Eu quero acreditar no mínimo de lucidez do governo Lula para não impor de maneira ditatorial um projeto que não é aceito pela sociedade civil brasileira, um projeto que desde o seu lançamento tem gerado tanta confusão e divisão na sociedade brasileira”. Mas ele e a articulação que integra sabem que será preciso mais para reequilibrar o jogo. Além da entrega do documento, serão realizados diversos atos nos estados envolvidos no projeto e uma marcha à Brasília nos dias 12 e 13 de março. A mobilização parece se fazer necessária, já que até o fim do dia de hoje a assessoria da Presidência da República não tinha apresentado qualquer resposta ao pedido feito pelo Frei. Mas a marcha à Brasília não ficará restrita às reivindicações direcionadas ao governo federal. Um dos objetivos das entidades defensoras de um projeto alternativo de revitalização do São Francisco é pressionar o Supremo Tribunal Federal, uma vez que uma decisão do ministro Sepúlveda Pertence derrubou as liminares contrárias ao projeto em dezembro. Como o fato não é definitivo e ainda tem de ser analisado por todos os 11 ministros, a expectativa dos organizadores da marcha é sensibilizá-los para sua visão acerca dos impactos que o projeto trará. A posição foi recentemente reforçada por um recurso apresentado ao STF pelo procurador-geral da república, Antônio Fernando de Souza, pedindo a cassação da licença ambiental prévia para a obra concedida pelo IBAMA.


Essa questão do são francisco tem causado muita polêmica e como sempre o governo fica calado até que o povo se esqueça, é sempre assim, mas o frei não vai deixar isso barato não....